A paz ainda é frágil na região dos conflitos, mas as supostas aparições da Virgem Maria em Medjugorje convidam os católicos a refletir sobre a tolerância entre as religiões.

Durante 43 meses de guerra, a Bósnia apresentou ao mundo uma imagem de um lugar trágico, mas é um país bonito, com montanhas e rios de água cristalina e cidades com uma arquitetura que mistura tão bem influências ocidentais e orientais.

Ainda parece pouco para convencer o turista. Fazer turismo na Bósnia e Herzegovina, um país destruído, dividido, não parece uma opção razoável, mas isso está começando a mudar. É a principal atração, faz tempo, dessa pequena cidadezinha.

O que inspira o visitante é a religião. O lugar e mínimo, mas cerca de 15 milhões de pessoas já passaram por aqui. Em 1981, a Virgem Maria teria aparecido e falado com seis adolescentes .Medugorje ficou famosa. As aparições teriam continuado.

Hoje a cidadezinha virou um centro de peregrinação e também um grande bazar onde se vende de tudo.

Um padre português trouxe um grupo de fiéis. Ele explica que embora o Vaticano ainda não tenha reconhecido Medjugorje como um lugar sagrado, isso não impede a devoção de todos. “A igreja ainda não se pronunciou. Entretanto isto está a ser já um meio de cristianismo, da intensificação da vida cristã, da vida interior das pessoas, portanto, é que as pessoas rezam, confessam.”

Minaretes são construídos para demarcar territórios. Na guerra em Banja Luka as 16 mesquitas foram destruídas. No local da mais famosa e antiga delas só existe o mato e o espaço vazio. Os sérvios construíram uma enorme catedral para marcar posição.

No entanto, na aparição de Nossa Senhora em 1981, ela teria dito: “paz, paz , paz e somente a paz”. A paz deve reinar, com Deus, e entre os homens.