Como Ela é bela

 

 

Irmã Marina Ivankovic, 40 anos, nasceu em Bijakovici, numa casa ao lado da casa da vidente Maria Pavlovic. Dois meses após o início das aparições, sentiu o desejo de entrar para o Ordem dos Franciscanos, o que fez um pouco mais tarde, aos 20 anos. O seu irmão Ivan foi preso pelos comunistas e esteve na cadeia com Frei Iozo, somente por ter dito que viu a Cruz do Krizevac girar.

Há três anos, em Nova Yorque, na paróquia croata de S. Cirilo e S. Metódio, ela é responsável pela catequese, cursos de croata e de canto... Neste verão, veio passar férias com os pais, em Mediugórie.

No dia do 20º Aniversário das aparições, foi ajudar as irmãs na sacristia, porque se apresentaram 273 padres para concelebrar a Missa vespertina, fora da igreja, com a presença de mais de 50.000 fiéis - segundo a paróquia - reunidos em volta do altar circular e nos pátios em torno da igreja. Quando ajudava os padres a vestirem as alvas, na sacristia localizada abaixo do altar circular, no fundo da igreja, irmã Auksilija disse-lhe que alguma coisa estava acontecendo na igreja. Irmã Marina não prestou muita atenção porque, pensou consigo, passa-se sempre alguma coisa nesta igreja! Mas, alguns minutos depois, teve de ir à sacristia da igreja e aí, pela porta que dá para o coro, ouviu, por duas vezes, fortes exclamações vindas do interior da igreja.

A igreja estava repleta! Numerosos peregrinos tinham vindo procurar a igreja por causa do ar condicionado e do clima de recolhimento. Os alto-falantes transmitiam as orações e a Santa Missa do altar circular. No coro, irmã Marina viu o padre Branko, franciscano da paróquia, tentando acalmar o povo, que parecia estar vendo algo à direita do coro, onde fica a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. As pessoas estendiam as mãos para a imagem. Pelos trajes tradicionais, eram, na maioria, peregrinos croatas, da Bósnia Central, mas misturados com muitos outros povos presentes para o Aniversário. Por curiosidade, a irmã Marina desceu os degraus do coro para se misturar com as pessoas e tentar também acalmá-las porque a Missa tinha somente começado. O Evangelho seria proclamado em todas as línguas.

Irmã Marina ficou voltada para a imagem da Virgem. Alguns minutos mais tarde, para seu grande espanto, viu como que uma brancura atrás da imagem, uma luz que cintilava e que pulsava, como se alguma coisa fosse nascer, surgir ali. Ficou muito perturbada. Os peregrinos presentes, muito emocionados, numa exclamação geral, apontavam com as mãos para aquele lugar. Irmã Marina surpreendeu-se por constatar que todos reagiram no mesmo momento e pensou: "Boze dragi! (Santo Deus !) O que se passa?"

Esta luz não era como as do altar. Parecia que aquela brancura palpitava. Depois, formou-se uma silhueta, toda cintilante: era a Mãe de Deus. Ela estava lá, em três dimensões, bem real. Irmã Marina poderia tocá-La se estivesse um pouco mais próxima. Nossa Senhora tinha um véu de cor branca, em tom azul claro, debruado por uma fita dourada muito visível, cobrindo também a parte superior de Sua fronte. Irmã Marina notou que as maçãs do rosto eram salientes; tinha as mãos abertas para a frente, mas os cotovelos encostados no corpo (os braços não estavam estendidos como, por vezes, A representamos). Os lábios não se moviam, nada falou. A leitura do Evangelho, feita no Altar Circular, era transmitida para dentro da igreja: Nossa Senhora mantinha uma atitude de oração, cabeça levantada, mas os olhos baixos, como quem escuta. Irmã Marina só viu o busto de Nossa Senhora, que estava atrás da imagem, mas um pouco mais alto. Ela cintilava. A irmã Marina não conseguia acreditar no que seus olhos viam: "Que beleza!" Ela não sabe quanto tempo durou, talvez alguns segundos; depois, Nossa Senhora retirou-se para trás e desapareceu. Imensamente feliz, irmã Marina voltou à sacristia com o coração batendo desordenadamente. Os peregrinos ficaram todos na igreja até ao fim da Missa, porque parece que isto já tinha acontecido quatro ou cinco vezes desde a preparação da Missa. Irmã Marina assistiu apenas à última vez.

 Com muita simplicidade, a irmã Marina partilhou esta experiência com as irmãs e outras pessoas. Algumas horas mais tarde, ela ainda tremia de emoção e repetia: "Como Ela é bela! Como Ela é bela!" O seu rosto irradiava. Irradia até agora uma alegria contagiante.

 

Eco de Medjugorje – 185