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Levo comigo, desde a adolescência, um pequeno bilhete, com quatro letras apenas. “mphc” são as iniciais, em latim, para uma frase do Movimento de Schoenstatt, que quer dizer “A mãe cuidará perfeitamente”. Mais do que uma prece, é uma afirmação de devoção filial a uma mulher, chamada Miriam, hebraico para Maria, que morou, há mais de 2 mil anos, na pequena comunidade de Nazaré, na Galileia.
Sobre essa jovem judia, os evangelhos falam muito pouco, o que não impediu que ela se tornasse um símbolo de sacrifício, sofrimento e amor para grande parte do mundo cristão. Pela aceitação de sua missão, e do consequente sofrimento, gerou uma devoção milenar, celebrada em pinturas, esculturas, música, bem como em templos, catedrais, lugares e cidades que levam seu nome e seus muitos títulos.
Maria é considerada mediatriz entre Jesus Cristo e os homens, e, em uma das tantas representações da dimensão de seu amor materno, uma das esculturas mais famosas de todos os tempos, a Pietá, de Michelangelo, apresenta a mãe de Jesus desproporcionalmente maior do que o filho, morto em seus braços. E para quem ela direciona sua ardente compaixão. Além disso, seu rosto jovial, esculpido