A necessidade do sacrificio!
foto tirada em Medjugorje - cortesia de Bernard Gallagher - UK
Uma visita recente a casa de Vicka permitiu-nos ouvir algumas
palavras de
sabedoria. É um traço característico dela: uma sabedoria enraizada num sólido
bom
senso! Estava lá um pequeno grupo de italianos e Vicka exprimiu alguns pontos
sobre a
vida de família nos nossos dias:
«O meu pai (Petar Ivankovic, falecido há um ano) passou 35 anos da sua vida a
trabalhar na construção na Alemanha, para poder sustentar-nos. Para nós, na
aldeia, era
necessário para se sobreviver. Muitos homens o faziam. Nunca o meu pai teria
pensado
em si mesmo, na sua pena de não viver connosco, na sua solidão de exilado, e na
dureza
daquele trabalho (os homens eram alojados em contentores no bordo das ruas,
glaciares
no inverno e tórridos no verão). Não, ele via que tinha a responsabilidade da
sua família,
amava-nos e foi corajoso. Sacrificou-se por nós.
Hoje, é outra coisa. As famílias atravessam uma grande crise, porque se pensa
primeiro
em si mesmo, não se pensa na família. Tudo é mais importante que a família. Já
não há
tempo de rezar juntos porque se pensa que há coisas mais importantes para fazer.
Isso é
um grande erro! As pessoas já não querem dar-se ao interior da família nem
arranjar
tempo para ela, gratuitamente. Cada um começa a viver para si mesmo sem arranjar
tempo para estarem juntos, conversarem, interessarem-se uns pelos outros. Ou
olha-se
para a televisão e não há conversa, não há diálogo. Então, com este egoísmo,
chegam os
ciúmes, as iras, as incompreensões...
Satanás trabalha, ele quer dividir, ele quer destruir a família. Cada um procura
o modo
de obter mais vantagens, e preocupa-se sobretudo com as coisas materiais. O bem
estar
material torna-se a coisa mais importante. É uma doença! Assim os corações e as
almas
têm fome e nada recebem. São usados pela procura do bem estar e fecham-se uns
aos
outros. Cada um sofre no seu canto. E, sem a oração em comum, isto torna-se
impossível. Deus não tem o primeiro lugar, os jovens não recebem amor
suficiente, a
tristeza cresce, há descontentamento e cólera e as famílias desfazem-se. Já nem
se vê
porque se desfazem e diz-se a Deus: “porque deixaste a minha família
desfazer-se?”
Mas não! Não devemos fazer isso! Nós somos responsáveis! O mais importante é
proteger a vida de família, é a unidade da família! A unidade dos corações vem
com a
oração, quando se põe Deus no primeiro lugar e nos damos à família. Não digo que
as
coisas materiais não têm importância; têm-na, é óbvio, mas elas devem ser muito
simples.
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Por exemplo, hoje muitos procuram artigos de marca para se vestirem! Como
resultado
pareces uma estátua, muito rígida, sem liberdade de te mexeres como queres
porque te
preocupas que os outros vejam bem que usas essa marca! És escravo do olhar dos
outros
e perdes a tua liberdade. Gastas muito dinheiro para obter estas marcas e depois
surgem
as comparações e os conflitos. Queres sempre mais... É uma doença!
Desde há 26 anos que a Gospa nos pede para arranjarmos tempo para rezar todos os
dias
em família. Ela sabe porquê! Ela vem proteger-nos do desastre! Mas muitos não A
escutam e depois vêm chorar diante dela dizendo “Salva-nos”! É agora que devemos
tomar as boas decisões! Basta decidirmo-nos, e Deus que é bom vai ajudar-nos.
Mas é
preciso começar hoje e dizer “Quero fazer o que Tu dizes, vou fazer tudo o que
me for
possível, e Tu fazes o resto!”»
Retirado do relatório mensal da Irmã Emmanuel - www.childrenofmedjugorje.org